sexta-feira, 17 de novembro de 2023

17 de novembro

Nascemos no mesmo ano, com 9 dias de diferença e com uma criação familiar mais diferente ainda.

Vivemos por 17 anos passando por lugares em comum para nós dois, mas nunca nos cruzamos. O destino quis assim.

Nos conhecemos aos 18 anos, de um jeito comum, sem nenhuma história digna de um romance de cinema. Ainda lembro da roupa que ele usava e das mentiras que contou pra conseguir um único beijo.

Depois do beijo, vivemos 3.740 dias juntos. Nos apaixonamos por todas as versões de nós dois durante todo esse tempo e compartilhamos todas as histórias que não havíamos vivido juntos antes de nos conhecermos.

Não há nada que eu não conheça dele e ele de mim. Eu sabia que era capaz de amar, mas não imaginava que conseguiria tanto.

Mas amor não é certeza de nada quando se existe destino.

Eu sentei no chão da sala e esperei ele voltar por 30 minutos.

Ele saiu pela porta do nosso apartamento com todas as malas e não voltou.

Foi como se a última chama de esperança de salvar meu relacionamento se apagasse dentro do meu coração.

Eu sabia que daqui em diante, viveria até o último dia da minha vida sem meu grande amor e melhor amigo. 

Esse será mais um fardo, dentro tantos acumulados, que terei de carregar.

Não há mais nada que eu possa fazer.

A dor nos ombros que carregava há 3 anos e que se manifestava fisicamente nos últimos dias se dissipou.

Uma parte de mim foi embora naquela noite.


Mas talvez, pode ser, por algum motivo, que o destino nos cruze novamente.


Quem sabe.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

As mudanças que aconteceram na minha vida tem me mudado. 

Ontem, entre as crises de choro e ansiedade que venho tendo e entendendo, me pedi de volta.
Me quero de volta.
A gente se perde e se acha e se perde de novo e nesse processo infinito sempre deixamos uma parte de nós para traz para abrir espaço para outras partes que farão mais sentido no futuro. 
O tempo que antes faltava, agora sobra, mas ao mesmo tempo falta. Como pode depois de formada ainda sentir que tenho muita coisa pra fazer? Não deveria eu sentir que tenho tempo? 
As quartas-feiras tem chegado mais rápido e os meu 30 anos chegam daqui há 4 anos. Para onde foi o tempo que passou? Em que momento nessa linha temporal eu me deixei pra traz?
Será que eu sou o que eu queria ser quando não era?
Será que aos 30 serei o que quero ser?
Escrever neste blog é um sintoma de que tenho tempo?



segunda-feira, 13 de setembro de 2021

 O amor é mais complexo do que imaginei que fosse.

terça-feira, 8 de maio de 2018


quinta-feira, 5 de abril de 2018

São tempos confusos

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Ontem, 2:05 da madrugada, 11 ºC, acordei.
Eu suava como se tivesse corrido uma maratona, meu coração disparava enlouquecidamente, minha respiração acelerou e eu não conseguia puxar ar suficiente para dentro dos meus pulmões, achei que iria morrer.
Eu comecei a me perguntar o que poderia estar ocasionando aquela situação.
Sentei na cama e comecei a chorar.
Eu percebi então que tenho feito isso pelo menos a cada três dias das minhas semanas.
Não me disseram que eu passaria por isso aos 21 anos de idade, na verdade ninguém nunca vai dizer pra você os obstáculos que você terá de enfrentar para permanecer vivo, para sobreviver.
Somos apenas mais uma alma passando por mais situações complicadas do que podemos tolerar, somos só mais um corpo cambaleando na madrugada em um nível de estresse sub-humano.
A vontade que você  tem de cavar um buraco e colocar lá todos os seus problemas e depois fechá-lo com um lembrete de nunca mais abrir, não irá resolve-los e você sabe disso, você só não se lembra mais como pode consertar tudo, como pode riscá-los da sua lista infinita de preocupações. Você simplesmente não sabe mais lidar com eles, você perdeu a tolerância e a paciência, hoje com 21 anos você parece um rosto enrugado com um cérebro de 60. Você está exausta. Um copo de água cheio parece um oceano infinito, seus problemas minúsculos são grande demais para seu tamanho. Para o tamanho do seu coração.
Seus pensamentos estão embaçados com as preocupações, suas ideias estão ofuscadas pelo stress.

Isso não pode ser normal.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Você já não sabe mais a origem dos problemas, você não lembra mais quem quem começou, quem deixou a louça suja ou quem quebrou o copo. O que você sabe, é que não estão mais sintonizados. Você acredita que tornou-se a controladora obcecada, a descontrolada emotiva, o primórdio de todos os problemas, a razão de todos os conflitos. Você se sente desmotivada, improdutiva, insuficiente e fraca para ele, não consegue ouvir uma palavra hostil sem se sentir atingida, você não passa de uma louca doentia. Ele é perfeito, calmo, paciente, trata você como a mãe dele, é romântico, simplista, o resolvedor do caos, o apaziguador dos conflitos, o dono da paz. Ele não grita, ele não trata você como uma vagabunda, ele está sempre perto, não lhe cobra a perfeição, respeita seu ponto de vista, elogia sua opinião e gosta das suas roupas. Ela é ruim. Ele é bom. Ele resolve. Ela estraga.
Ela pede desculpas quando sabe que está errada e quando está certa. Ele pede quando sabe que à magoa. Ela precisa de um homem com um rumo. Ele é um garotinho perdido.
Ele se acha demais para ela.
Ela sabe que não precisa dele.
Um é a mulher ambiciosa.
O outro é o menino sonhador.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Estranho é me imaginar solitária. Mas solitária de uma forma boa. Cansativo é a expressão vazia que meu rosto demonstra agora. Triste é sua condição subordinada, a sua total incapacidade de desobedecer ordens. Esquisito é seu desânimo com discussões ou sua total descrença em meus planos. Sofrível é concordar com tudo e me adequar a suas conversas e ao seu mundo. Chato é esperar atenção ou dividi-la, sabendo que sempre terei a menor parte. Desprezível é sua incapacidade de pedir desculpas mesmo quando está errado. Incompatível são nossas ideias. Miserável é essa paixão desaparecendo. Grande é a vontade de ficar sozinha. Enorme é o medo das consequências. Prazerosa é a solidão. Saudade é do desejo que sumiu.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Como eu era antes de você

Autora: Jojo Moyes
Editora: Intrínsea

Acho que foi o livro que mais me fez chorar na vida, terminei ele em três dias aos prantos e tomando o maior cuidado para que as minhas lágimas não molhassem as páginas (sem exageros). Quem já leu sabe do que eu estou falando. A história me envolveu e tocou meu coração tão profundamente que lembro de ficar criando finais alternativos umas cinco noites depois de já ter terminado o livro. É um livro muito bem escrito com uma história de amor meiga e sem clichês, é uma relação que demora para ser construída, os personagens desenvolvem uma amizade e parceria e que por fim transforma-se em amor.


- -
Lou mora numa pequena cidade turística e vive uma vida comum, mora com os pais, a irmã e o sobrinho, namora Patrick, trabalha num café a seis ano e não possuí planos de largar o emprego tão cedo. Além de não ter grandes ambições ou  objetivos na vida.
Will é rico, CEO de uma empresa de sucesso em Londres, namora uma modelo linda, é ambicioso e cheio de planos e energia para praticar todos os tipos de aventura que pudesse.
Mesmo vivendo em mundos paralelos e tão destintos, o destino deu um jeito de aproxima os dois. O café que Lou trabalhava fecha, Will sofre um acidente e fica tetraplégico. Lou precisa encontrar um novo emprego para poder ajudar seus pais e Will precisa de alguém que devolva a vida que ele perdeu a dois anos atrás e é aí que o caminho dos dois se cruza.
- -

 A Lou me encheu de inspiração, ela é simples, determinada e muito diferente de personagens de livros de romance que tive a oportunidade de ler. A autora descreve cuidadosamente cada peça de roupa que Lou veste para que o leitor possa criar uma imagem física da personagem, e está aí uma caraterística que amei nela, as roupas! 
O livro aborda um tema já trabalhado em "Intocáveis" sobre a tetraplegia. Will perde toda a vontade de viver depois de anos tentando se recuperar e não ter nenhum progresso, transforma-se em alguém amargo e hostil, sem esperança. O livro mostra as dificuldades de um tetraplégico, os problemas com a aceitação e como existem muitos outros incômodos além da paralisia. O livro é intenso, lindo e triste ao mesmo tempo, repleto de lições e criticas. Recomendo mil vezes.

"As vezes, eu me perguntava se aquilo não era um mecanismo de defesa de Will, já que a única maneira que encontrou de lidar com sua vida  foi fingir que não era com ele que aquelas coisas estavam acontecendo." - Louisa Clak


A adaptação cinematográfica do livro já foi concluída e tem data de lançamento para 03 de Junho de 2016 nos Estados Unidos! Ansiosíssima!

quarta-feira, 30 de setembro de 2015


A Rainha Vermelha

Autora: Victoria Aveyard
Páginas: 424
Editora: Seguinte

Terminei ontem meu primeiro livro da Victoria Aveyard e adorei a narrativa fluida e em primeira pessoa, o cenário e a distopia que a autora criou para transmitir a história de Mare. A vontade de quem termina de ler "A Rainha Vermelha" é contar para o mundo a história e encher de spoiler quem ainda não leu. O livro tem muita traição, jogo de poder, um pouquinho de romance e muita ação! De fato é uma história de tirar o fôlego, onde um triângulo amoroso não chega nem perto de ser o primeiro plano da autora, o que me agradou ainda mais, pois sempre fui apesentada a livros que prometiam uma abordagem repleta de ação, mas no final acabavam sempre focando no romance.




A protagonista do livro é a Mare, uma vermelha. Para quem não tem ideia do que isso significa, segue:
                                                                           - -
A distopia criada pela Victoria, retrata um mundo onde as pessoas são divididas pelo sangue, os prateados são a classe dominante - e o diferencial do livro - possuem poderes; são a nobreza da população e extremamente ricos. Já os vermelhos, são humanos comuns, vivem na extrema pobreza e destinados à servi-los de todas as formas possíveis sob um totalitarismo opressivo. A Mare está prestes a fazer 18 anos e ainda não possui qualquer tipo de trabalho, sobrevive apenas roubando dos outros, a vista disso, será recrutada para o exército do Rei assim como qualquer vermelho de 18 sem emprego. Em busca de uma forma de evitar o recrutamento e por consequência a guerra que teria de servir, Mare consegue um emprego no castelo e...
                                                                           - -

A resenha é pequena e rasa, mas necessária, ela precisa ser assim, sem muita informação, para o leitor não perder as reviravoltas e mergulhar profundamente no enredo e sentir a angústia e os momentos de dúvida e tensão.
Para quem curtiu Jogos Vorazes, Divergente, Game Of Thrones  ou para quem gosta de história antiutopia.


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